Genericamente, vamos encontrar no Elemento Fogo: Bará, Xangô, Ibeji; Elemento Terra: Ogum, Odé/Otim, Ossaim e Xapanã; Elemento Agua: Iemanjá, Oxum, Obá ; Elemento Ar: Oya e Oxalá. Pode ainda, de acordo com a qualidade específica de cada orixá, possuir ligação com mais de um elemento, por exemplo: Ogum Adiolá, por ter sua ligação com iemanjá, terá também ligação com o elemento agua e assim ocorre com outros orixás dentro do panteão africano, na ligação litúrgica com seus vegetais em questão.
Nesta visão de mundo Iorubá, direito/masculino/positivo são opostos a esquerdo/feminino/negativo, ou seja, o masculino é positivo e se posiciona do lado diretio, enquanto o feminino é negativo e pertence ao lado esquerdo. Ainda neste contexto os compartimentos que contém Ewé Inón (folhas de fogo) e Ewé Afééfé (folhas do ar) estão associados ao masculino, elementos fecundantes, enquanto as Ewé Omi (folhas da água) e as Ewé Ilé (folhas da terra) se ligam ao feminino, elementos fecundáveis.
Ao determinar que as folhas são separadas aos pares sempre opostos: Gún (excitantes) x èrò (calma), ewé apa òtún (folhas da direita) x ewé apa òsí (folhas da esquerda), os Iorubá tomam como modelo um sistema de classificação baseado em oposições binárias. Toda via esta não é uma condição sine qua non, pois ao analisar mais detalhadamente, encontraremos folhas masculinas que cumprem um papel negativo e folhas femininas com papel positivo que dependeram do contexto onde são utilizadas.
Neste sistema de classificação, a condição para que uma folha seja considerada masculina ou feminina está ligada ao seu formado, pois, na concepção Iorubá, a forma fálica (alongada) caracteriza o elemento masculino, em contrapartida, a forma uterina (arredondada) determina o elemento feminino.
Além disso, alguns outros aspectos das plantas são utilizados para esta classificação vegetal tais como: Cor das folhas, espessura, se é pelucidada, se possui espinhos, se suas folhas são lisas, ásperas ou serrilhadas, etc…