ORIXA OBA

Orixá Oba

Orixá feminino de origem nagô cultuada no Brasil, conhecida principalmente pelo fato de fazer parte nas lendas referentes a Xangô e suas três mulheres – Iansã, Oxum e Obá.

O conceito básico ligado à Obá é o da paixão, mas não na perspectiva controlada de Oxum nem na proposta feliz e libertária de Iansã, a deusa dos amores arrebatados e absolutos. Para Obá, paixão é razão de sofrimento, de disputa e de submissão mal-aceita.

Orixá feminino de origem nagô cultuada no Brasil, conhecida principalmente pelo fato de fazer parte nas lendas referentes a Xangô e suas três mulheres – Iansã, Oxum e Obá.

 

O conceito básico ligado à Obá é o da paixão, mas não na perspectiva controlada de Oxum nem na proposta feliz e libertária de Iansã, a deusa dos amores arrebatados e absolutos. Para Obá, paixão é razão de sofrimento, de disputa e de submissão mal-aceita.

 

Conta uma das lendas mais conhecidas a seu respeito que Xangô mantinha um relacionamento cheio de altos e baixos com Iansã, e que sua esposa favorita era Oxum. Obá era a terceira neste casamento polígamo, e nunca podia rivalizar com as outras duas antagonistas, mais cheias de brilho e força (Iansã) ou beleza e inteligência (Oxum).

 

Obá era insegura em relação a tudo que se relacionava com seu marido, pois era uma figura sem muitos atrativos físicos e um pouco seca e ríspida no seu comportamento diário. Era, porém, extremamente crédula, e, sabendo que Xangô apreciava muito as constantes receitas de culinária que Oxum lhe preparava, mostrou- se disposta a aprendê-las. Esta, contudo, dona de um caráter exclusivista, não estava disposta a ensinar à concorrente como agradar a Xangô, e resolveu enganar sua rival: marcou um horário para que Obá fosse à sua casa aprender a receita que teria poderes mágicos sobre a sexualidade de Xangô.

Quando Obá surgiu, Oxum cozinhava uma sopa que continha dois grandes cogumelos. Usava um pano amarrado à cabeça, escondendo as orelhas, e disse à Obá que estava preparando um caldo com suas próprias orelhas, pois essa era a receita favorita de Xangô. Obá, então, preparou uma sopa onde cortou e incluiu uma de suas próprias orelhas, e a serviu feliz para o marido.

 

Como era de se esperar, a reação de Xangô perante a imagem da esposa com uma orelha cortada foi tremendamente negativa; e piorou ainda mais quando ele viu o prato de comida que o esperava. Além de ser repreendida por Xangô, Obá ainda teve que suportar a troça de Oxum, que, descobrindo suas orelhas, revelou à rival que tudo tinha sido apenas um truque. Elas, então se engalfinharam numa terrível luta física, que só terminou com uma explosão de cólera da parte de Xangô; o que fez as duas fugirem apavoradas, cada uma para uma lado, transformando-as nos rios que atualmente levam seus nomes.

 

Obá responde pelos amores com perturbações, ciúme, desonra e falsidade. O corte, a navalha, a roda, a direção, as máquinas, agulha de costura, tesoura são de seu domínio. Come cabra mocha; sua cor é o marrom e o rosa, seu dia da semana é segunda-feira e seu sincretismo no batuque é com Santa Catarina.

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